The Portrait of Dreams

Pauline Grisoni

Dar voz às nossas verdadeiras aspirações, porque tornar as nossas vidas não só afortunadas, mas também significativas, é o modo para ser verdadeiramente gratos pelos privilégios que temos.

1. Bio

Criadora do super podcast La leçon, il podcast sull’arte di fallire (o podcast sobre a arte de falhar), previamente jornalista para a Cosmopolitan e autora do livro Fiasco: l’arte di riprendersi dal fallimento (Fiasco, a arte de retomar a partir do falhanço). Ambiciosa e perfecionista, criou um formato com o objetivo de dizer claramente (antes de mais a si mesma) que todos podemos sobreviver a um falhanço, deitar o sentido de culpa e descobrir que nunca se sabe aquilo que a vida nos reserva.

2. A força de um sonho

A minha vida atual é o meu sonha de criança. O que é incrível, é que o tinha esquecido por decénios. Um sonho, quando erradicado no profundo, é assim: mais cedo ou mais tarde regressa. Desde que se deixe pelo menos uma porta aberta. Foi num diário da Barbie que escrevi por volta dos 6 anos: quero escrever um livro e aparecer na tv. Mas quando cresci um pouco, explicaram-me que isso não era um trabalho. E eu que queria mesmo ser uma boa menina, convenci-me que um bom trabalho numa empresa fosse suficiente. Tinha um teto sobre a cabeça, dinheiro na conta, nada de que me queixar. E depois o meu sonho tornou-se realidade.

3. À descoberta da verdadeira beleza

Sabem, hoje chegam-me propostas para posar em serviços fotográficos, participar em programas de televisão e muitas mais coisas que normalmente pensamos aconteçam quando se tem 20 anos. Mas quando uma pessoa encontra a sua paixão e se lhe dá espaço, começa-se a emanar uma força que exerce um fascínio vibrante e irresistível. A verdadeira beleza nasce ao abraçar aquilo que se é de verdade e a viagem que fiz para encontrá-la foi uma viagem íntima, na qual aprendi a dar peso às minhas aspirações. Sem vergonha nem culpa. A verdadeira culpa é empenhar-se em satisfazer as expectativas dos outros, de tal forma a esquecer de lutar pelas nossas.

4. Aquilo que aprendi e defenderei sempre

Por muito tempo vivi os sonhos que os outros tinham para mim, diminuindo os meus, fazendo de tudo para ser uma “boa menina”. Pensei que fosse o modo certo de estar agradecida. Há tantas mulheres com histórias extraordinárias que, com a minha vida de conforto, pensei não ter o direito de falar de coragem. Agora sei que não é assim: temos não só o direito, mas também o dever de dar voz às nossas verdadeiras aspirações, de tornar as nossas vidas não só afortunadas mas também significativas. Ter a coragem de dar valor aos próprios sonhos e não aos rótulos que a sociedade nos coloca: este é o meu desejo para todos.

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